segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Coraline e o Mundo Secreto - Filme

Coraline e o Mundo Secreto: cuidado com o que você deseja... pois não terá!
Fontes: a imagem foi obtida no EduardoStuart.com, e as informações mais técnicas foram tiradas de lá.
Título original: Coraline
Direção: Henry Selick
Baseado em obra de: Neil Gaiman
Gênero: Horror/Fantasia
O que você recomenda depois disso? Stardust - O Mistério da Estrela, Sandman, Alice no País das Maravilhas
Neil Gaiman é, para mim, o que o Arqueiro Verde, o Clamp, John Woo e Yoshihiro Togashi são: símbolos. Não símbolos de modas passageiras e histórias fúteis, mas símbolos de boas tramas, risadas, diversão e cultura. Já havia lido uma parte do romance de mesmo nome, da autoria de Neil Gaiman, mas não pude terminar porque o livro era da minha escola (e não tinha como fazer empréstimo... -_-'); quando soube do filme, vibrei com a possibilidade de finalmente assistir mais um filme baseado na obra de Gaiman!
O filme (e o livro) contam a história da jovem Coraline, uma menina que se mudou para uma cidadezinha por causa de seus pais, escritores de livros de jardinagem, e teve que deixar todos os seus amigos para trás. E as coisas só parecem piorar quando os pais de Coraline não dão a mínima para ela e a criança que mora mais próxima dela não é nem um pouco simpática...
No entanto, um belo dia, o excêntrico garoto dá uma boneca a Coraline, e, de repente, a mesma acha uma porta oculta em sua nova casa. Essa pequena porta a leva a um mundo que apresenta réplicas perfeitas de seus pais e vizinhos... ou melhor, quase perfeitas!
O Outro Pai e a Outra Mãe (como chama as réplicas de seus pais) dão toda a atenção para Coraline, e a tratam como uma verdadeira princesa, dando o que ela quer, de comidas a roupas; além disso, eles, como o resto dos habitantes desse mundo, possuem botões no lugar dos olhos...
Coraline é, sem dúvida, um conto de horror. A protagonista se vê num mundo desconhecido, onde tudoo que conhece é distorcido e, de certa forma, melhor... perfeito até. Mas até onde a perfeição é verdadeira? Gaiman já provou em suas outras obras (principalmente Sandman) que o que vemos raramente é a verdade, e isso pode ser notado todo o tempo em Coraline, já que ela acorda no mundo real assim que adormece no "outro mundo"... mas não posso contar mais do que isso, ou estrago o filme para vocês!
No entanto, Coraline e o Mundo Secreto não seria nada que é se não fosse por um homem: Henry Selick. O cara é simplesmente brilhante! Quando termina o filme, não dá pra imaginar a história do filme contada de outra forma. A sua apurada técnica de animação em stop motion (utilizada em todos os seus filmes, inclusive no clássico O Estranho Mundo de Jack) confere ao filme o tom que ele precisava ter.
Sem ser muito longo nem muito curto, e com uns bons sustos a apresentar, Coraline e o Mundo Secreto é uma das melhores adaptações do cinema. Então corra e assita logo!
Nota definitiva... 4 de 5.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Mais uma "embromation"



Eu estava escrevendo uma resenha, mas meu PC foi pra Terra do Pé Junto e tudo o que eu escrevi está lá. Embora eu consegui salvar o HD eu estou sem condições de postar a resenha, e pra não deixar a água desse lago parada (pra evitar o mosquito da dengue XD) eu resolvi postar um (outro) clipe bizarro que eu achei no Youtube. E não, eu não sei quem são essas pessoas, e nem quero saber...

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Arqueiro Verde: Ano Um - HQ

Arqueiro Verde: Ano Um - porque todo herói deve ter uma origem!
Fontes: a imagem foi retirada do Revista Wizmania.
Equipe de trabalho: Andy Diggle (roteiro), Jock (desenhos)
Editoras: DC (EUA), Panini (Brasil)
Gênero: Aventura
O que você recomenda depois disso? Os Caçadores (Abril Jovem), Arqueiro Verde: O Espírito da Flecha (Panini)
Eu tenho que admitir: não lembro como foi o meu primeiro contato com o Arqueiro Verde, mas com certeza ele acabou tendo muito destaque na questão de eu ser fã de quadrinhos. Tá certo que eu comecei lendo Homem-Aranha, mas hoje eu só leio (e li) grandes HQs graças à influência desse personagem.
Recomeçar a saga de um personagem do zero é sempre um desafio. Afinal, por mais que se queira apresentar um personagem antigo a novos leitores, é algo arriscado, já que pode desagradar velhos fãs. Mas duvido que essa HQ vá decepcionar essa velha guarda...
A história começa ao sermos apresentados a Olliver Queen, um multi-milhonário sem-noção, viciado em adrenalina e, bem, bêbado.
Após passar um vexame ao comprar, em um leilão, um arco que pertenceu ao não-tão-famoso Howard Hill (um arqueiro e dublê que existiu de verdade), Queen resolve embarcar numa viagem que seu amigo e guarda-costas iria empreender.
No entanto, tudo dá errado: o "amigo" tenta matá-lo, joga-o no mar e Queen só sobrevive por sorte. Além disso, ele se vê preso numa ilha não tão deserta...
O mais interessante desse Ano Um é que ele não é uma história de super-heróis. Ele pode até ser uma HQ de aventura, mas em momento algum ela mostra um homem vestido de colante chamativo e enfrentado super-vilões. Queen só enfrenta vilões dos quais temos notícias todos os dias, nos jornais e TV, e o faz só pela sua sobrevivência e gratidão aos que o salvaram.
Pode não ser um roteiro tão firme e cinematográfico quanto o de Batman: Ano Um... mas daria um belo filme!
Nota definitiva... 4 de 5.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Rozen Maiden - TV

Rozen Maiden: da próxima vez que você ver alguém brincando com bonecas, pense duas vezes antes de zoar...
Fontes: a Wikipédia, claro
Título original: Rozen Maiden
Baseado na obra de: PEACH-PIT
Direção: Mamoru Matsuo
Gênero: Aventura/Fantasia
Tem certos animes e mangás que você não faz a mínima idéia do porque deles terem sido criados. Hamsters falantes e inteligentes, dramas psicológicos, histórias sado-masoquistas... todo tipo de coisa!
Uma boa parte desses animes é bastante interessante: afinal, você pode se ver bastante surpreso por uma história que você nem fazia idéia de que era tão boa, principalmente porque a tal história não é festejada em eventos de anime e em revistas especializadas (ao contrário do "ninja de laranja", que nem é tão bom mas atrai bastante público...). Um exemplo disso é Rozen Maiden.
A história começa quando conhecemos Jun Sakurada, um jovem que vive isolado em sua casa com sua irmã e coleciona "itens místicos", como bonecos-vudu, óculos de "visão de raios-x" e todo o tipo de besteira.
Mas Jun se isola do mundo não porque é um vagabundo, mas sim por estar doente. Jun sofre de hikikomori, uma doença mental que afeta muitos jovens nos tempos modernos, devido a um trauma (trauma esse explicado mais tarde na série). Com isso, ele acaba desenvolvendo esse estranho hobby para passar o tempo.
Um belo dia, Jun assina um contrato que vai mudar sua vida. Esse contrato era um de seus novos "brinquedos" e, sendo de graça, ele tratou logo de assinar! Ao fazer o que foi dito no contrato, Jun encontra em seu quarto uma caixa de madeira. E dentro dela, uma boneca.
Quando Jun dá corda na dita-cuja ela, literalmente, cria vida! E a primeira coisa que ela faz é estapear a cara do garoto, já que ele havia olhado embaixo do vestido dela...
Após um violento combate, onde a vida de Jun acaba correndo perigo e ele é obrigado a aceitar um acordo com a boneca (que se chama Shinku), Jun descobre a verdade sobre a boneca.
Shinku é uma Rozen Maiden. As Rozen Maidens são bonecas vivas, com personalidade própria, que foram criadas por um homem chamado Rozen, que tinha por objetivo criar a garota perfeita, Alice. Após criar várias bonecas e falhar, Rozen teve a "brilhante" idéia de fazê-las lutar entre si, para que apenas uma sobrasse e, com os espíritos e habilidades de todas as outras, se tornasse Alice. A esse "torneio" se dá o nome de Jogo de Alice.
Durante a série, conhecemos mais Jun e sua irmã, Nori, além de Tomoe Kashiwaba, colega de classe de Jun. Também surgem outras Rozen Maidens: Hina Ichigo (a mais fofinha e inocente da Maidens, acredita no que for dito a ela!), Suiseiseki (completamente psicótica e assustadiça, protagoniza os melhores momentos de humor da série com Hina Ichigo, além de ser um personagem-símbolo da série), Souseiseki (a personagem mais centrada e séria da série, sempre é arrastada para as doideiras de sua irmã gêmea, Suisei) e Suigintou (a boneca que, de fato, começa o Jogo de Alice nos dias de hoje; é perigosa, e guarda um grande segredo). Na segunda temporada (Träumend - Sonho, em alemão), surgem também Kanaria (que se diz a "mais inteligente das Maidens", mas nunca prova isso, sendo bastante atrapalhada e rendendo bons risos) e Barasuishou (uma misteriosa boneca, de quem quase nada se sabe).
O que realmente atrai em Rozen Maiden é o perfil psicológico de cada uma das bonecas e seu relacionamento com Jun: cada uma tem uma maneira bem peculiar de lidar com ele, e isso é bastante explorado na primeira temporada. Nessa mesma temporada, tamém é bastante explorado o próprio trauma de Jun e como ele lida com isso, além de como ele lida com as próprias bonecas e suas "insanidades". Enquanto isso, a segunda temporada se centra mais no Jogo de Alice.
Também é interessante notar as referências ao livro Alice no País dos Espelhos (as Rozen Maidens entram nos seus "campos de batalha" através de superfícies espelhadas, o próprio nome da "competição"...) e o tratamento do perfil psicológico de cada um dos personagens, além de uma certa subversão do "estilo Pokémon" de anime (afinal, os servos são os humanos, e as bonecas as mestras!) e do humor nonsense de diversos episódios.
Imperdível pra quem quer uma novidade.
Nota definitiva... 4 de 5.