terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O Lutador - Filme

O Lutador: assim é a nossa vida.
Fontes: o IMDb para os dados técnicos, e o Cinecartógrafo para o pôster.
Título Original: The Wrestler
Direção: Darren Aronofsky
Escrito por: Robert D. Siegel
Gênero: Artes Marciais/Drama

Eu sei que tenho me dedicado pouco ao blog, mas a falta de tempo (e de paciência, eu admito) devido ao trabalho e à época do ano, além de um monte de fatos da minha vida pessoal, transformaram minha vida num inferno...
Mas, como Mickey Rourke, eu voltei. E é sobre ele que eu vou falar.
Talvez nem todo mundo saiba, mas Rourke vai fazer o vilão de Homem de Ferro 2, o Blacklash (que virou Chicote Negro por aqui), e isso só foi possível graças ao O Lutador, sem dúvidas o melhor filme de sua carreira, até mesmo por guardar semelhanças com sua própria vida pessoal e profissional.

O filme conta a história de Randy "O Carneiro" Robinson, ex-lutador de primeira linha das vehas lutas de vale-tudo. Ao ficar velho demais para lutar nos grandes ringues, Randy passa a lutar em pequenas apresentações, sendo o ringue o único lugar onde encontra real satisfação, e complementando a renda com bicos em um super-mercado. Fora dos ringues, graças ao tempo dedicado às festas e carreira, Randy é um homem solitário. Sua filha não quer vê-lo, e sua melhor amiga é uma stripper. Após sofrer um ataque cardíaco após uma luta, Randy tenta se afastar dos ringues e arrumar sua vida pessoal, mas nada é perfeito...

Rourke, após tanto tempo longe do estrelato (fazendo pequenas participações em filmes medíocres, ou fazendo papéis medíocres em filmes razoáveis), mostra que tem muito fôlego para encarar as câmeras, com uma performance única no papel de Randy (e pensa que queriam chamar o Nicolas Cage pro papel... pff). Sua atuação visceral dá a impressão de que ele é realmente o personagem, muitas vezes transformando o filme quase que num documentário. Marisa Tomei está ótima no papel de Cassidy, dando profundidade à stripper que tenta separar sua vida pessoal do trabalho, e Evan Rachel Woods faz uma maravilhosa ponta no papel da filha abandonada pelo pai que decide dar a ele uma segunda chance. Mas, indiscutivelmente, o filme é de Rourke.

As lutas são outro destaque, desde as estratégias entre os lutadores para entreter o público até as lutas em si. Cada luta, mesmo que apenas com trechos sendo apresentados, é um verdaeiro show.

Não sei se é porque apresenta um astro decadente dando a volta por cima, se é pelas divertidas (e insanas) lutas, pelo roteiro maravilhoso com um final surpreendente ou pelo conjunto da obra, mas O Lutador é, definitivamente, o melhor filme que assisti em 2009.

Nota definitiva... 5 de 5.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

The Immortal - Jogo



The Immortal: um nome bastante irônico.
Fontes: imagens e informações técnicas foram retiradas da Wikipédia, e vocês não sabem como é um saco ter que escrever isso em toda resenha.
Desenvolvedores: Sandcastle, Will Harvey (designer)
Distribuidora: Eletronic Arts
Lançamento: 1990
Plataformas: Apple IIGS, Amiga, Atari ST, PC (MS-DOS), NES e Mega Drive/Genesis (eu joguei a versão do Mega Drive)
Gêneros: Aventura, Fantasia e TORTURA CHINESA (involuntária, mas tenho minhas dúvidas).

Eu tenho o seguinte código de honra: Antes de resenhar um jogo eu preciso ter "zerado" ele pelo menos uma vez. De certa forma acho que muitas outras pessoas que escrevem boas resenhas pensam assim, porém toda regra tem sua exceção, e The Immortal é essa exceção. Calma, eu vou explicar...

Mas antes disso a sinopse: Você controla um mago em um labirinto à procura de seu mentor, um cara chamado Mordamir. Na primeira sala do jogo você pode ver uma aparição de seu mestre, que diz a seguinte mensagem: "Dunric, você veio me salvar. Eu estou nas masmorras abaixo. Eu sei que eu posso contar com você." Mas existe uma coisa estranha na mensagem, o seu nome não é Dunric.

Pra dizer a verdade em nenhum momento do jogo alguém diz o nome do indivíduo que tu controla, mas a narração desse pedaço diz que não é Dunric então... vamos esquecer esse detalhe e continuar a resenha.

Você então vai procurar o seu mestre passando por um labirinto de 8 níveis (7 em algumas versões) cheios de monstros e armadilhas (óbvio, senão o cara não taria pedindo ajuda). Você pega itens diversos ao longo do caminho (incluindo pergaminhos com magias), alguns úteis para matar inimigos mais rápido e outros úteis em alguns quebra-cabeças do jogo, e também pode encontrar outras pessoas dentro do labirinto (inclusive um cara que te ajuda em algumas partes do jogo).

No sistema de combate normal do jogo você enfrenta os inimigos mano-a-mano, aonde você tenta desviar dos golpes do inimigo e matar ele usando a espada (e vocês achavam que o Gandalf era o único mago que partia pra porrada), mas além da barra de vida existe uma barra de fadiga, que aumenta a cada golpe desferido e se esvazia lentamente, e quanto maior a fadiga maior é o intervalo entre os ataques. Sem contar que quando vence a luta, o mago dá um "fatality" no inimigo ao estilo Mortal Kombat (só que você não precisa apertar nenhum botão XD).

Mas o motivo de eu resenhar esse jogo sem zerar é bem simples, ISSO É UMA MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL!!! Sério, esse jogo é uma fonte de imensa frustração e raiva, e existem várias razões para isso.

Em primeiro lugar você morre muito. Sim, as armadilhas do jogo são de morte instantânea, mas elas são muitas e estão nos lugares em que você menos espera. Exemplo: na primeira sala do jogo você pisa em uma parte da sala e uma minhoca gigante te devora (Sim, isso é sério), isso sem contar um amuleto com runas que você pega no primeiro nível que é útil para abrir a passagem para o segundo nível, mas se você usar ele e pegar a opção "ler as runas" você morre, vai alguém adivinhar isso?

Tá certo que em muitos jogos você pode até morrer muito em alguma parte chata e/ou porque você não sabe simplismente como passar dali, é tudo uma questão de tentativa e erro. Mas The Immortal exagera nesse ponto, as maneiras de se morrer estão praticamente no jogo inteiro, o que me leva a pensar porque o título do jogo é The Immortal em vez de The Mortal. E pra piorar o nível de sadismo você só tem três vidas em cada nível, acabou as vidas é Game Over. Ok, o jogo usa um sistema de "password" para cada nível, mas ter que recomeçar a fase depois de várias mortes para ter que morrer de novo é frustrante, especialmente se você resolver descer a escada para o nível seguinte pelo lado errado. (também é possível morrer assim)

E o sistema de combate nem se fala. Ele é difícil de você entender de primeira, e mesmo quando você entende é algo realmente tedioso, principalmente porque alguns dos inimigos tem uma barra de vida grande. Os quebra-cabeças também podem ser uma tortura, já que a maioria nem tem pistas do que fazer ou como fazer, e muitos se forem feitos de forma errada resultam em morte. (que novidade...)

O único ponto positivo desse jogo são os gráficos, que tem animações bastante detlhadas para a época em que foi feito, incluindo as cenas de morte (o que me leva a pensar que esse jogo é só uma desculpa para mostrar sadismo), mas é só isso que presta, de resto esse jogo é um círculo de sofrimento, frustração e raiva do jogador. E a história tem até um ponto de partida interessante, mas é muito mal aproveitada.

Esse jogo é para os masoquistas e/ou pessoas que não tem P**** nenhuma pra fazer na vida. Mas se você mesmo assim ficou curioso pra ver esse troço procure um detonado no Youtube (feito por uma pessoa que provavelmente se encaixa em uma ou duas das categorias que citei), é uma opção mais saudável.

Nota definitiva... 1 de 5.

Ps.: Feliz Natal!