
Fontes: a imagem saiu do AnimePortal.cl, e, as informações técnicas, da Wikipédia.
Título original: Maria-sama ga Miteru
Baseada nos romances de: Oyuki Konno
Gênero: Romance/Drama
Foram 2 anos (!!!) de procura, mas enfim consegui assistir o (mais ou menos) famoso Maria-sama ga Miteru (ou, encurtando, Marimite). A tradução mais direta do título seria A Virgem Maria olha por Nós, que faz alusão direta à imagem de Virgem Maria que existe na entrada do colégio onde se passa a série e à santa que é patrona da Academia onde se passa a história.
A série é, basicamente, diferente de tudo o que eu tinha assistido: nada de pancadaria, assassinatos em massa com enormes bolas de energia ou garotas de outro mundo apaixonadas por um panaca. Assistir essa série foi como descobrir uma nova e saborosa comida: difícil deixar de assistir depois de começar.
A série (e também os romances e o mangá) se passa na Academia para Moças Lillian (uma escola católica), no Japão (não, eu não sei em que cidade). Dentro desse colégio, existe um sistema conhecido como soeur (palavra em francês para irmã). Esse sistema consiste no fato em que uma veterana do terceiro ou segundo anos do Ensino Médio (conhecida por grande soeur, ou grande irmã) pode acolher uma protegida do segundo ou primeiro anos (petite soeur, ou pequena irmã), prometendo guiá-la e ensiná-la sobre as tradições da Lillian, além de ajudá-la e protegê-la.
Além dessa tradição, também existe a tradição do conselho estudantil, formado por três estudantes do terceiro ano. Essas estudantes são conecidas com rosas, e cada uma delas recebe um codinome pelo qual acabam sendo chamadas na escola: Rosa Chinensis, Rosa Foetida e Rosa Gigantea. Essas mesmas também têm uma protegida (conhecidas como floeur en button, ou, respectivamente, Chinensis en button, Foetida en button e Gigantea en Button), que as auxiliam nas questões do conselho, e essas também podem ter, elas mesmas, suas protegidas.
Como protagonista da história, acompanhamos os três anos de estudo no Ensino Médio da Lillian da jovem Yumi Fukuzawa, uma estudante aparentemente comum e sem atrativos ou talentos. No entanto, nos primeiros dias de aula no Ensino Médio, enquanto ora em frente da imagem da Virgem Maria, a Chinensis en Button Sachiko Ogasawara, com aparente intimidade, se aproxima e ajeita o lenço do uniforme de Yumi. Sua amiga, Tsutako, acaba tirando uma foto do momento e, achando que as duas se conhecem, convence Yumi de pedir a Sachiko que permita que a foto seja publicada no jornal da escola.
Resolvendo ajudar sua amiga, Yumi vai até a Casa das Rosas (sede do Conselho Estudantil de Lillian) e, do nada, recebe um convite de Sachiko para ser sua petite soeur. Só que, ao descobrir que Sachiko fez o convite por motivos pessoais, de certa forma simplesmente a usando, Yumi recusa.
No entanto, Yumi acaba ficando cada vez mais envolvida com as Rosas, e acaba conhecendo Yoko Mizuno (veterana de Sachiko e Rosa Chinensis, calma, bem-humorada e reservada, é como se fosse a líder do conselho), Sei Sato (a Rosa Gigantea, barulhenta mas responsável, adora "cutucar" os outros e fazê-los chegar a seus limites, se divertindo principalmente incomodando Yumi), Shimako Todo (a Gigantea en button, reservada e de inteira confiança, apesar de não ter muita confiança em si mesma), Eriko Torii (a Rosa Foetida, excêntrica e cheia de mistérios, e também bastante talentosa), Rei Hasekura [a Foetida en button, aparenta ser forte e durona por praticar Kendô (esgrima japonesa), mas é romântica e bastante gentil] e Yoshino Shimazu (petite soeur de Rei, apesar da aparência frágil e de ser doente cardíaca, é mais durona, decidida e impetuosa que sua veterana), além de se tornar mais próxima de Sachiko.
O grande lance de Marimite é que a história gira em torno de uma garota comum e seu dia-a-dia na escola. Nada de robôs gigantes, príncipes encantados ou torneios de artes marciais, apenas a vida de uma garota. Tá certo que existem pedaços da história bastante dramáticos, mas tudo dentro da realidade: às vezes, o simples fato de dois personagens não se comunicarem direito causa uma enorme catástrofe...
Outro ponto de destaque são os personagens. Eles têm personalidade bastante variada entre si (como em toda boa história), e, por isso mesmo, acabam surgindo conflitos entre eles. No entanto, esses conflitos acabam por aproximar ainda mais os personagens, e fazê-los entenderem suas motivações, gostos e personalidades. Ainda sobre os personagens, a maneira como eles nos são apresentados e descobrimos coisas sobre eles é muito legal: na maioria das vezes, fazemos essas descobertas junto com Yumi, e acabamos por ficar tão surpresos quanto ela.
Quanto à trilha sonora, Marimite difere bastante da maioria dos animes também. A trilha sonora usa bastante instrumental e música clássica, inclusive na abertura e no encerramento (na primeira temporada). Já a animação... bom, é normal. Não digo que é estupenda, mas é muito boa e cumpre seus objetivos: nada de planos bizarros e cenas no estilo Matrix só porque se tem dinheiro, mas tudo feito com carinho e dedicação, sempre deixando com um gostinho de "quero mais".
A história é cativante e emocionante. Tenho que dizer que não assisti direto, todo dia, mas meio que me arrependo de não ter feito isso: tem momentos divertidos e cômicos (como quando descobrem os encontros de Eriko e nada acaba sendo o que parecia), mas tem momentos tristes e melancólicos (como a despedida das Rosas mais antigas e os últimos capítulos da segunda temporada), tudo bem equilibrado e feito pra sentir saudades da época de estudante... ou desejar que essa época dure mais um pouco.
Curiosidade: existem episódios curtos, depois de cada episódio regular, conhecidos como Maria-sama wa Naisho (A Virgem Maria não pode saber), feitos em SD e recriando comicamente os momentos mais importantes de cada episódio, até mesmo com as personagens agindo de maneira que normalmente não agiriam na série.
Nota definitiva... 5 de 5.
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