
Fontes: o IMDb para os dados técnicos, e o Cinecartógrafo para o pôster.
Título Original: The Wrestler
Direção: Darren Aronofsky
Escrito por: Robert D. Siegel
Gênero: Artes Marciais/Drama
Eu sei que tenho me dedicado pouco ao blog, mas a falta de tempo (e de paciência, eu admito) devido ao trabalho e à época do ano, além de um monte de fatos da minha vida pessoal, transformaram minha vida num inferno...
Mas, como Mickey Rourke, eu voltei. E é sobre ele que eu vou falar.
Talvez nem todo mundo saiba, mas Rourke vai fazer o vilão de Homem de Ferro 2, o Blacklash (que virou Chicote Negro por aqui), e isso só foi possível graças ao O Lutador, sem dúvidas o melhor filme de sua carreira, até mesmo por guardar semelhanças com sua própria vida pessoal e profissional.
O filme conta a história de Randy "O Carneiro" Robinson, ex-lutador de primeira linha das vehas lutas de vale-tudo. Ao ficar velho demais para lutar nos grandes ringues, Randy passa a lutar em pequenas apresentações, sendo o ringue o único lugar onde encontra real satisfação, e complementando a renda com bicos em um super-mercado. Fora dos ringues, graças ao tempo dedicado às festas e carreira, Randy é um homem solitário. Sua filha não quer vê-lo, e sua melhor amiga é uma stripper. Após sofrer um ataque cardíaco após uma luta, Randy tenta se afastar dos ringues e arrumar sua vida pessoal, mas nada é perfeito...
Rourke, após tanto tempo longe do estrelato (fazendo pequenas participações em filmes medíocres, ou fazendo papéis medíocres em filmes razoáveis), mostra que tem muito fôlego para encarar as câmeras, com uma performance única no papel de Randy (e pensa que queriam chamar o Nicolas Cage pro papel... pff). Sua atuação visceral dá a impressão de que ele é realmente o personagem, muitas vezes transformando o filme quase que num documentário. Marisa Tomei está ótima no papel de Cassidy, dando profundidade à stripper que tenta separar sua vida pessoal do trabalho, e Evan Rachel Woods faz uma maravilhosa ponta no papel da filha abandonada pelo pai que decide dar a ele uma segunda chance. Mas, indiscutivelmente, o filme é de Rourke.
As lutas são outro destaque, desde as estratégias entre os lutadores para entreter o público até as lutas em si. Cada luta, mesmo que apenas com trechos sendo apresentados, é um verdaeiro show.
Não sei se é porque apresenta um astro decadente dando a volta por cima, se é pelas divertidas (e insanas) lutas, pelo roteiro maravilhoso com um final surpreendente ou pelo conjunto da obra, mas O Lutador é, definitivamente, o melhor filme que assisti em 2009.
Nota definitiva... 5 de 5.